A tela tece a vida...e eu fico-me pelos insectos
quinta-feira, abril 22, 2004
Excerto do argumento de Sentidos In-versos
Ruas pejadas de vida…
Sujas de moral…
Acreditar ou não
No ser humano mortal…
1 – Exterior parque. Noite
Excesso de luz. Banda sonora inicia. Ouve-se o ranger de um balouço. Zoom out lento permitindo visualizar que essa luz provinha de uma candeeiro de rua (vê-se a chuva cair de forma tímida). Ouve-se a voz da criança (voz off) a ler o verso do subtítulo enquanto o zoom continua. Tanto o zoom como o verso finalizam com o plano geral do miúdo sentado no balouço. Ele está vestido de uma gabardina que lhe protege o corpo inteiro (e tem o capuz a proteger-lhe a cabeça). O título da curta aparece (‘Sentidos In-versos) em letras transparentes quando o resto do ecrã fica negro. O som do ranger do balouço continua.
2 - Exterior loja extra. Noite
Plano do vidro da montra da loja extra. Chove e o vidro, salpicado de água, esconde o que se passa lá dentro. Travelling contra o vidro. Música continua.
3 - Interior loja extra (café). Noite
Continuidade do plano anterior em travelling até termos um plano geral do indivíduo I. A música aumenta de volume. Este encontra-se sozinho, sentado a ler um jornal (que lhe tapa a face) e com uma chávena de café à sua frente. Vê-se o fumo do seu cigarro pairar acima do jornal aberto.
Plano subjectivo e de pormenor: lemos no jornal a notícia de um ASSASSINO que anda a matar transeuntes de forma aleatória nas ruas de Lisboa.
Conseguimos ler algumas entre as seguintes linhas…
ASSASSINO volta a matar! Continua a não existir qualquer ligação aparente entre esta e as restantes vítimas. Agentes levantam a hipótese de estarmos perante um assassino que mata por simples prazer.
Ao mesmo tempo, a música é interrompida pela mensagem de rádio:
Citações de um agente policial:
‘Nenhum objecto de valor é levado…as vítimas são de ambos os sexos e a forma como os crimes são cometidos, ou seja, a tiro de bala de espingarda parece ser o único elo comum…’. Repórter da rádio acrescenta: ‘As avaliações balísticas apontam que os tiros foram todos realizados a distâncias não superiores a 65 metros dos respectivos alvos. Mais notícias a seguir…’
(seguido de sons de rádio de transição em fade out)
Plano amorse do indivíduo I que baixa o jornal possibilitando ver o indivíduo II, sentado em frente dele, a sorrir (Nota: ele está completamente seco e, pelo plano, percebemos que lá fora continua a chover timidamente).
Ao mesmo tempo, ouve-se uma sirene exterior de um carro da polícia que, pela rapidez com que perde intensidade, percebe-se que passou muito depressa pelo local.
Existe empatia entre ambos, porque não se cumprimentam e começam a argumentar prontamente sobre a notícia que o indivíduo I havia lido.
Ruas pejadas de vida…
Sujas de moral…
Acreditar ou não
No ser humano mortal…
1 – Exterior parque. Noite
Excesso de luz. Banda sonora inicia. Ouve-se o ranger de um balouço. Zoom out lento permitindo visualizar que essa luz provinha de uma candeeiro de rua (vê-se a chuva cair de forma tímida). Ouve-se a voz da criança (voz off) a ler o verso do subtítulo enquanto o zoom continua. Tanto o zoom como o verso finalizam com o plano geral do miúdo sentado no balouço. Ele está vestido de uma gabardina que lhe protege o corpo inteiro (e tem o capuz a proteger-lhe a cabeça). O título da curta aparece (‘Sentidos In-versos) em letras transparentes quando o resto do ecrã fica negro. O som do ranger do balouço continua.
2 - Exterior loja extra. Noite
Plano do vidro da montra da loja extra. Chove e o vidro, salpicado de água, esconde o que se passa lá dentro. Travelling contra o vidro. Música continua.
3 - Interior loja extra (café). Noite
Continuidade do plano anterior em travelling até termos um plano geral do indivíduo I. A música aumenta de volume. Este encontra-se sozinho, sentado a ler um jornal (que lhe tapa a face) e com uma chávena de café à sua frente. Vê-se o fumo do seu cigarro pairar acima do jornal aberto.
Plano subjectivo e de pormenor: lemos no jornal a notícia de um ASSASSINO que anda a matar transeuntes de forma aleatória nas ruas de Lisboa.
Conseguimos ler algumas entre as seguintes linhas…
ASSASSINO volta a matar! Continua a não existir qualquer ligação aparente entre esta e as restantes vítimas. Agentes levantam a hipótese de estarmos perante um assassino que mata por simples prazer.
Ao mesmo tempo, a música é interrompida pela mensagem de rádio:
Citações de um agente policial:
‘Nenhum objecto de valor é levado…as vítimas são de ambos os sexos e a forma como os crimes são cometidos, ou seja, a tiro de bala de espingarda parece ser o único elo comum…’. Repórter da rádio acrescenta: ‘As avaliações balísticas apontam que os tiros foram todos realizados a distâncias não superiores a 65 metros dos respectivos alvos. Mais notícias a seguir…’
(seguido de sons de rádio de transição em fade out)
Plano amorse do indivíduo I que baixa o jornal possibilitando ver o indivíduo II, sentado em frente dele, a sorrir (Nota: ele está completamente seco e, pelo plano, percebemos que lá fora continua a chover timidamente).
Ao mesmo tempo, ouve-se uma sirene exterior de um carro da polícia que, pela rapidez com que perde intensidade, percebe-se que passou muito depressa pelo local.
Existe empatia entre ambos, porque não se cumprimentam e começam a argumentar prontamente sobre a notícia que o indivíduo I havia lido.
Sinopse de Sentidos In-versos
A natureza humana é o tópico de discussão de dois indivíduos, enquanto estes tomam café. Um argumenta que o ser humano é perverso, e que revela essa sua faceta, nas relações rotineiras do dia a dia. O outro defende um lado mais altruísta do homem. No mesmo local, onde ambos discutem, encontram-se quatro personagens a fazerem compras. Ao entrarmos nas suas vidas rotineiras, acabamos por dar razão a um deles. Ter opinião poderá vir a ser fatal.
A natureza humana é o tópico de discussão de dois indivíduos, enquanto estes tomam café. Um argumenta que o ser humano é perverso, e que revela essa sua faceta, nas relações rotineiras do dia a dia. O outro defende um lado mais altruísta do homem. No mesmo local, onde ambos discutem, encontram-se quatro personagens a fazerem compras. Ao entrarmos nas suas vidas rotineiras, acabamos por dar razão a um deles. Ter opinião poderá vir a ser fatal.